Perda auditiva: eu ouço mas não entendo
Segundo a Organização Mundial da Saúde em 2050 haverá cerca de 2,5 bilhões de pessoas no mundo com algum grau de perda auditiva. E que pelo menos 700 milhões, ou seja, um em cada 10 pessoas necessitem de algum tipo de tratamento para melhorar a audição. Então, precisamos cuidar já da nossa audição.
E como a perda auditiva nos afeta?
A perda auditiva atrapalha no desenvolvimento da fala e do aprendizado de crianças e adolescentes. Consequentemente acaba levando ao isolamento social. Isso acaba aumentando o risco de demência com o avanço da idade. Dessa forma as pessoas deixam de sair de casa se isolando cada vez mais. E frequentemente ficam com vergonha de pedir para repetir o que foi dito por não entender o que os outros estão falando. Por isso tudo pode trazer solidão, depressão e ansiedade.
Como prevenir a surdez ou a perda de audição?
A saúde auditiva está presente desde antes de nascermos. Isso podemos fazer com um bom pré natal. De fato, sabemos que algumas doenças durante a gravidez podem afetar a audição do recém nascido. Assim como uso de cigarro e quando nascem antes do tempo. Além disso, em seguida ao nascimento, existe o teste da orelhinha que é obrigatório em todos os bebês. Portanto, é fundamental a prevenção de doenças. Isso pode ser feito com vacinação, proteção auditiva no trabalho e recreativo (evitando ouvir som muito alto em fones por exemplo). Aliás, além do fumo, outro fator de risco é a diabetes quando não está bem controlada.
"Eu ouço mas não entendo": pode ser sinal de perda auditiva?
Sim. Deve ser investigado a causa, mas pode ser sim um sinal de perda auditiva. É muito comum a pessoa com perda auditiva se queixar que tem dificuldade de entender conversas em ambientes com mais pessoas como por exemplo festas, reuniões familiares e restaurantes. Outro sinal de perda auditiva pode também ser o zumbido.
É verdade que quanto mais demoro para usar aparelho auditivo mais difícil é a adaptação?
Sim. A pessoa com perda auditiva pela idade vai se “acostumando” com ela. Consequentemente muitas vezes não percebe a própria dificuldade. Isso porque esse processo é lentamente progressivo. Quem nota geralmente são os parentes ou amigos próximos que notam a televisão mais alta ou que tem que repetir a mesma informação várias vezes. É importante ressaltar que todo aparelho auditivo precisa de uma “adaptação”. Portanto não é só colocar um aparelho na orelha e sair andando com ele. Cada paciente tem o seu grau de perda e ele precisa ser ajustado de acordo com suas necessidades.
Bibliografia
- World Health Organization. Deafness and hearing loss.
- Hearing Loss Association of America. Understanding Hearing Assistive Technology (HAT). Disponivel em https://www.hearingloss.org/hearing-help/technology/hat/
Dra Elaine M. Watanabe
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