Dra Elaine Miwa Watanabe

Dra Elaine Miwa Watanabe

Otorrinolaringologista

Zumbido tem tratamento

Zumbido pode ser genético

Dra Elaine Miwa Watanabe é médica otorrinolaringologista pesquisadora em zumbido no ouvido

Zumbido pode ser genético

Zumbido pode ser genético ? Sim, existe essa hipótese de que o zumbido possa ser genético, como veremos a seguir. Mas antes de mais nada, você sabe o que é zumbido? Inicialmente precisamos defini-lo: é a percepção de um som no ouvido ou na cabeça, isto é, não se trata de um som vindo do ambiente.

O que as pesquisas mundiais dizem?

Primeiramente o zumbido é uma condição complexa com influência de diversos fatores de risco. No entanto, a associação entre fatores genéticos e zumbido carece de consenso. A saber, os estudos indicam que o zumbido pode ser um distúrbio poligênico, com múltiplos genes em envolvimento e diferentes conjuntos de fatores genéticos predisponentes em cada indivíduo.

Quais as características do zumbido de origem genética?

De acordo com a literatura, a herdabilidade do zumbido, estima-se em populações europeias, varia de 40% a 68%. Contudo, acredita-se que certas formas de zumbido, como o incômodo debilitante bilateral, podem ser hereditárias ou apresentar maior herdabilidade.

Existe diferença entre homens e mulheres?

Enquanto que há indícios de zumbido de origem genética em homens, entre os mais jovens menores de 40 anos, foi observado um índice maior de herdabilidade em mulheres.

Como o estudo genético pode ser útil ?

Certamente a identificação dos fatores genéticos do zumbido pode levar a novas possibilidades de intervenção terapêutica. Decerto diversas estratégias são propostas para investigar as bases genéticas do zumbido, como estudos sobre as diferenças na prevalência de acordo com a etnia e a análise de famílias com múltiplos indivíduos com zumbido.

Quais genes poderiam ser relacionados ao zumbido?

Inegavelmente existem inúmeros genes que se relacionam ao zumbido. Mas para exemplificar, alguns estudos apontam relação do tinnitus com variantes dos genes GNDF do fator neurotrófico derivado das células gliais (glial cell-derived neurotrophic factor) e fator neurotrófico cerebral BDNF ( brain-derived neurotrophic factor). Portanto, mais estudos são necessários para que seja possível um tratamento específico. 

Bibliografia:

  1. Watanabe, Elaine; Mezzalira, Raquel. Etiologia. In: Zumbido.Oiticica J, Mezzalira R, Cassou R, Bittar R (EE).  Thieme Revinter. 2022. 1ª edição.
  2. Batissoco, A et al. In: Zumbido.Oiticica J, Mezzalira R, Cassou R, Bittar R (EE).  Thieme Revinter. 2022. 1ª edição.
  3. Site Tinnitus Iniative Research: Diagnostic Flowchart. Disponível em<https://www.tinnitusresearch.net/index.php/for-clinicians/diagnostic-flowchart> 2023.
  4. Imagens Pixabay
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